Dizem que não existe amor a primeira vista, nem a segunda vista
e nem em qualquer outra vista. O Amor é caro que não se pode comprar “à vista”.
Amor parcelado, Amor com juros, Amor pela metade do preço, Amor falsificado e
até Amor de mentira. Isso tudo é conversa mole, porque o nosso amor foi à vista,
“pegou” levou. Não teve carnê, não teve boleto bancário e nem sistema de troca da
Tele Sena.
A primeira vez que a
gente fez silêncio a TV estava ligada, você deixou em um daqueles canais
péssimos que você curtia porque te fazia parecer intelectual, não que você não
fosse ou precisasse provar isso para alguém, só parecia uma boa opção na hora.
“fica a vontade” – você disse como se eu fosse um camarada de muitos anos. Esse
era o momento que eu deveria ter saído correndo, gritado, ligado pra minha
casa, chamado algum amigo ou apenas ter ido pra aula, abrir a droga da porta e
sair pelas escadas. Só que antes de qualquer reação, antes que eu entrasse em
pânico por estar em um lugar novo sendo bem tratado e já esperando o convite
pra ficar pra sempre... Você estragou tudo, droga!
Fiquei uma semana sem te ver, porque eu tinha que estudar, mas você ainda me ligava todo dia e eu comecei a me sentir sufocado, você ficava no meu pé. Nunca te contei, mas eu adorava ouvir sua voz dizendo para que eu vivesse o agora, que eu e você não tínhamos o amanhã garantido, mas tínhamos a porra do agora. Ai já viu, canceriano, se matou de estudar o ano todo, sozinho e solteiro. Não podia ser diferente. Era você zerando a minha vida.
No dia mais importante do ano você pediu para me ver. Depois de uma prova complicada, eu resolvi tirar um tempo pra aproveitar e me permitir. Cheguei um pouco atrasado e você estava na esquina com o celular na mão e uma cara que implorava pra saber se eu tinha passado em outro lugar antes, mas não me perguntou. “Demorou chegar um ônibus pra sair da faculdade” – acabei com a sua agonia momentânea por eu ser um cara legal. Você foi pra cozinha e fez um lanche para mim e aquilo foi a coisa mais bonita que já fizeram para mim. Você não viu, mas quase zerou a minha vida.
Já era o 9º encontro e você resolveu que íamos viajar, porque estava com saudades e queria ter um tempo só comigo. No meio da viagem eu apertei a sua mão e você segurou a minha e nesse exato momento o tempo parou só pra gente se olhar. A música no meu celular parou e o sinal do seu iPad caiu. Você nem sabe, mas tinha acabado de zerar a minha vida, e a cerveja que eu bebi e fiquei rindo a noite inteira, era você zerando a minha vida. A coroa do rei e você explicando sobre o teto daqueles casarões antigo, era você zerando a minha vida. O chuveiro apertado e o documentário sobre pandas, era você zerando a minha vida.
Desci do ônibus e
você pegou um taxi, recebi uma SMS “já estou com saudades” – você zerou o meu
final de semana. Você costumava ser o meu porto seguro, o lugar que eu corria e
chamava de casa, você dominava o mundo e eu gostava de assistir você fazer
isso. Eu entrei na sua vida e não tinha ninguém lá, nenhum amor perdido no
tempo, nenhuma situação ainda por concluir e por isso deu tudo certo. É por
isso que quando eu beijei você pela primeira vez eu senti os batimentos do seu
coração na ponta da minha língua, por isso eu falo que você estragou tudo, você
ferrou naquele primeiro encontro, porque eu sabia que você estava sempre indo
para algum lugar e que eu iria acabar ficando para trás. Só que eu topei assim
mesmo e falei bem alto que seria um privilégio imenso ter meu coração
despedaçado por você.
Fiquei uma semana sem te ver, porque eu tinha que estudar, mas você ainda me ligava todo dia e eu comecei a me sentir sufocado, você ficava no meu pé. Nunca te contei, mas eu adorava ouvir sua voz dizendo para que eu vivesse o agora, que eu e você não tínhamos o amanhã garantido, mas tínhamos a porra do agora. Ai já viu, canceriano, se matou de estudar o ano todo, sozinho e solteiro. Não podia ser diferente. Era você zerando a minha vida.
No dia mais importante do ano você pediu para me ver. Depois de uma prova complicada, eu resolvi tirar um tempo pra aproveitar e me permitir. Cheguei um pouco atrasado e você estava na esquina com o celular na mão e uma cara que implorava pra saber se eu tinha passado em outro lugar antes, mas não me perguntou. “Demorou chegar um ônibus pra sair da faculdade” – acabei com a sua agonia momentânea por eu ser um cara legal. Você foi pra cozinha e fez um lanche para mim e aquilo foi a coisa mais bonita que já fizeram para mim. Você não viu, mas quase zerou a minha vida.
Já era o 9º encontro e você resolveu que íamos viajar, porque estava com saudades e queria ter um tempo só comigo. No meio da viagem eu apertei a sua mão e você segurou a minha e nesse exato momento o tempo parou só pra gente se olhar. A música no meu celular parou e o sinal do seu iPad caiu. Você nem sabe, mas tinha acabado de zerar a minha vida, e a cerveja que eu bebi e fiquei rindo a noite inteira, era você zerando a minha vida. A coroa do rei e você explicando sobre o teto daqueles casarões antigo, era você zerando a minha vida. O chuveiro apertado e o documentário sobre pandas, era você zerando a minha vida.
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